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PETER DE BRITO : AS METAMORFOSES DE UM PROCESSO DE AUTO-ABORDAGEM

Omar Khouri - São Paulo, 23 de outubro de 2016

 

Resultado de muitas maquinações, esforços físicos e de uma vontade sem limites, coisa que exigiu - mobilizando cerca de dez colaboradores - 1 ano e 7 meses de labuta, AUTO-RETRATO, de Peter de Brito vem para ser mostrado e se impõe como um trabalho ao mesmo tempo sério e pleno de humor, considerando o burlesco da paródia empreendida, algo trocadilhesco em termos verbo-visuais, ou paronomástico para utlizar um vocábulo mais sofisticado, como é sofisticada a obra que ora se nos apresenta. Um retrato, um auto-retrato múltiplo, o retrato de um eu que se multiplica: 25 faces (-corpos) de uma mesma figura.

Arte milenar, a do retrato (desenhado, pintado, modelado ou esculpido) - saindo daí o masturbatório autorretratar-se (multi-secular) - entra em crise até o seu desfazimento, com o advento da técnica de captação-elaboração da imagem, a Fotografia, a qual, a seguir, provando constituir-se linguagem, tornou-se a Arte da Fotografia, que permitiu, também, a auto-abordagem. 

Numa época que prossegue com e radicaliza as substanciais mudanças nas linguagens, o século XX assistiu ao desfazimento da figura - numa espécie de mimeseofobia - chegando à arte não-figurativa, não referencial (tendendo à auto-referencialidade) e à arte em que o conceito passa a ser o elemento  preponderante da façanha. Porém, alguns artistas provaram, com suas qualidades paroxísticas, ainda, a possibilidade do retrato: foi o caso de um Amedeo Modigliani, na 2ª década do século XX e de um artista do universo da Pop Art, atuando mormente dos anos 60 aos 80, Andy Warhol e alguns outros poucos, como Chuck Close, que retratam com vigor humanos seres. 

O trabalho de Peter de Brito, artista do desenho e da fotografia, é autônomo, porém tributário, ao mesmo tempo, de toda a tradição do retrato (do auto-retrato), do trabalho dos fotógrafos-artistas, do universo duchampiano - readymade, Rrose Sélavy, trocadilhos - e do repertório da Arte Pop. 

Os auto-retratos, num processo frenético de metamorfose, apropriam-se de capas de revistas famosas nas bancas do Brasil e se dispõem (são 25 revistas/capas de 27 feitas, de 30 projetadas) numa vitrine (-display), como numa dessas bancas comuns e incrementadas, nas laterais externas, protegidas por vidro, o que lhes dá, ao mesmo tempo, segurança e destaque: objetos atraentes e intocáveis! Aí, o trabalho ganha a dimensão de objeto e/ou  instalação. A figura-humana de Peter de Brito se configura galã, ator de filme pornô, drag-queen, noiva, socialite, vedete, esportista e outras personae, em trocadilhos visuais, casados à perfeição com os trocadilhos verbais nas capas de revistas que se metamorfoseiam: CLÁUDIA é CRÁUDIA, BRAVO! é BRABO!, CULT é CULTA, NOIVAS é DOIDAS, G MAGAZINE é P MAGAZINE, PLAYBOY é PLAYBOF e daí para diante, com os textos-chamadas a que têm direito. 

Sendo a paronomásia poética por excelência, o trabalho de Peter de Brito adentra o universo das poéticas intersemióticas e mostra que Arte e Humor podem estar unidos com um único objetivo: o de sondar o Admirável. Não há aí a disputa entre o mundo das Artes Visuais e o da Poesia propriamente: a convivência de ambos os mundos é pacífica, ocorrendo uma espécie de simbiose. Por outro lado, o teor metalingüístico do trabalho salta, dado o dialógo paródico-burlesco (já que "paródia" pode ser entendida como "canto paralelo" e esta acepção também é válida para o trabalho de Peter de Brito) que estabelece com as revistas, objeto de uma leitura especial: irônica e amorosa.

Contando com um pequeno exército de amigos - colaboradores sensíveis - Peter de Brito, além da utilização da Fotografia enquanto técnica e arte, com película fotoquímica, fez uso de alguns programas de computador - recursos que se tornaram comuns na elaboração de capas de revistas - o que permitiu um acabamento-enquanto-imagem perfeito. A ação de um marceneiro-moldureiro completou o trabalho. 

Agora, mostrado extra-fronteira de sua casa-estúdio, o trabalho poderá ser fruído/degustado por um público-além-dos-amigos, ávido de produtos que mobilizam olhos, ouvidos, sensibilidade, inteligência. A ordem é fruir… antropofagicamente.

PETER DE BRITO / REFRESH ESTOU CIENTE E QUERO CONTINUAR

Jorge Coli - historiador e crítico de arte

Há uma distinção convencional entre erotismo e pornografia, da qual mesmo

pensadores elevados como Roland Barthes não souberam escapar. Distinção que atribuiu à natureza da fotografia os males da pornografia contemporânea. Barthes expôs isso no livro, no célebre livro chamado A câmara clara, La chambre claire, na qual ele diz: “A foto me induz a distinguir o desejo pesado, o da pornografia, do desejo leve, do desejo bom, o do erotismo” (“la photo m’induit à distinguer le désir lourd, celui de la pornographie, du désir léger, du désir bon, celui  de l’érotisme.”). O erotismo é muito bom, a pornografia, que nojo!

 

Por que um intelectual como Barthes, não apenas homossexual, mas

compulsivamente sexual, escolhe uma perspectiva tão banal, convencional e moralista? Porque o peso do conservadorismo repressor é por vezes mais forte do que a inteligência.

 

Mais ainda: a distinção entre erotismo e pornografia é mesmo necessária? Diante da fórmula de Barthes, mas que é possível ouvir também em qualquer conversa “educada”, uma paráfrase feita sobre outra frase, desta vez de Alain Robbe -Grillet, vem à mente, bem tentadora: “o desejo pesado é, naturalmente, o desejo dos outros”. Ou seja, a pornografia é o desejo dos outros. Se o desejo pesado é o desejo dos outros, o nosso desejo, esse, é sempre bom, será sempre bom. A pornografia é menos um conceito do que um insulto e um preconceito.

 

No mundo interminável dos desejos intensos que é a internet, as imagens licenciosas são infinitas. Trata-se de desejos inefáveis, intangíveis, virtuais, palavra de bela etimologia: vem do latim virtus que, também, dá origem numa gênese paradoxal a “virtude”. Ou seja, existem apenas em potência e não em ato, como o sonho e não como realidade. São imagens que alimentam e se alimentam dos desejos humanos, exatamente como as obras de arte. Se tivermos mesmo que situar a pornografia num campo conceitual, esse deve localizar-se no da moral e não no da estética ou da arte. E no caso da arte, imagens “elevadas” ou “baixas”, nobres ou vulgares podem se corresponder e se iluminarem mutuamente.

 

Lembremos que a pornografia é o grande objetivo de consultas da internet. Pelo que eu pude ler, apenas em uma ocasião a pornografia foi suplantada por outro interesse. Essa ocasião ocorreu no dia 11 de setembro de 2001. Foi o único dia, no qual os usuários da internet se interessaram mais por um acontecimento trágico, dramático, do que pela pornografia. Lembremos que o mundo contemporâneo é altamente conservador. Depois dos anos de 1970, que foram liberadores, a questão do sexo voltou, hoje, à tona, acompanhada por processos de repressão, os mais fortes e os mais violentos, liderados por todas as religiões.

 

A pornografia abre uma fenda nesse processo de conservadorismo atual. Ela aponta diretamente para a nudez do desejo, essa nudez que, esperemos, termine se revelando plenamente, banalizando-se e sendo vista sem pose hipócrita, ou religiosa, ou disfarçada. Devemos assumir o fato objetivo de que o interesse primordial da humanidade em termos de imagens imaginárias é quantitativamente voltado para aquilo que muita gente chama de pornografia, a internet é o testemunho. Ao invés de pensarmos tal fato de um ponto de vista moral, como algo de ruim para a humanidade, lembremos que a pornografia na internet é um instrumento revelador do desejo imediato e, mais nós ocultamos esse desejo, mais esse desejo se exacerba. Ela é, portanto, subversiva em relação aos comportamentos conservadores e moralistas. Se de um ponto de vista otimista, eu perceber o futuro, nesse futuro a ideia de pornografia desaparecerá em benefício da existência manifesta de todas as formas de prazer situadas no campo do imaginário. Ao infiltrarem-se na arte, as imagens ditas obscenas põem em cheque a distinção entre o pornográfico e o artístico, demonstrando que a pornografia não é noção nem artística, nem estética, mas apenas moral. Não é fácil, hoje, encontrar um caminho subversivo para as expressões artísticas. Peter de Brito ao centrar-se nesse tema, escolhe um campo de poderosa irreverência e abalo cultural.

 

Mas não se trata apenas de uma escolha. Ocorre que essas obras possuem uma misteriosa densidade erótica para além da pura figuração. A tal ponto que, ao passar das obras explícitas para imagens tão inocentes quanto uma cabeça de cachorro ou um doce, estas inocências resultam “contaminadas” pela perturbação desejante que se instaura no espírito (e no corpo) do espectador. São os mistérios da arte, provocando em nós desordens sensoriais altamente salutares.

LUCESCRIPTURA - FAZIMENTOS FOTO-GRÁFICOS DE PETER DE BRITO

Omar Khouri - São Paulo, 2002

De simples técnica _ revolucionária, diga-se _ a Fotografia detonou um processo, mormente afetando a pintura, que culminou com o total banimento do referente externo das faturas pictóricas, no primeiro quartel do século XX.

De simples técnica _ revolucionária, diga-se _ a Fotografia detonou um processo, mormente afetando a pintura, que culminou com o total banimento do referente externo das faturas pictóricas, no primeiro quartel do século XX. A Fotografia, signo indexical que é _ o que a fundamenta enquanto signo é a conexão dinâmica, física com o seu objeto: exige como objeto dinâmico (para utilizar a terminologia/conceitos da Semiótica Peirceana) um existente. Índice impregnado de iconicidade, tem toda a intermediação de aparatos técnicos para se corporificar signo, mas seu fundamento a coloca _ a FOTOGRAFIA _ como Índice, um segundo (todo índice traz consigo forte iconicidade: de uma impressão digital à fotografia, passando pelas pegadas de um animal no solo). Além de revolucionar os modos de elaboração de imagens, a Fotografia fascinou artistas que a utilizaram enquanto técnica de fixar momentos e, o que é mais importante, fonte inesgotável de abordagem de ângulos, alguns dos quais nunca dantes pensados. Daí é que a Fotografia-ela-mesma mostrou (antes mesmo de ser considerada algo "cult") suas possibilidades enquanto arte autônoma, em namoro ininterrupto com a pintura. No século XIX isso já é percebido: acaso e busca contribuindo para que a Fotografia adentrasse o reino das faturas que trazem consigo informação estética. Aí é que o seu caráter indexical (traz as marcas físicas de seu objeto) passa a ser secundário, porque ela aspirará à condição de hipoícone-imagem: técnica através da qual se obtêm formas, mesmo que isto implique a captação de existentes. Do mesmo modo que a Fotografia repercutiu na Pintura, esta teve sua influência naquela, desde as origens. É um toma-lá-dá-cá sem fim. Todo objeto artístico é fruto de um processo dialético, em que entram em jogo sensibilidade e racionalidade. O artista é alguém que, tendo inclinação para o trabalho com a linguagem, passa por um aprendizado para que chegue a dominar técnicas e materiais e possa fazer corporificar o objeto artístico. O fazedor (artista, poeta) faz por sentir, pensar e ter a posse da tecnologia necessária para tal. No trabalho de Peter de Brito _ artista que optou pela Fotografia como meio para fazer arte, produtor de imagens que é, podemos notar indícios de toda a tradição em que se insere: dos grandes fotógrafos artistas como Muybridge, Ródtchenko, Man Ray, a artistas-pintores que ele admira _ e com quem estabelece um diálogo _ como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Caravaggio, Cézanne, Modigliani… O processo indexical do artista-fotógrafo, difere de um certo trabalho também indexical de Yves Klein, que se dá por contato direto, mas não difere no que há de iconicidade e informação de caráter estético. Peter de Brito caminhou do desenho e pintura para a fotografia e tem trabalhado com séries: não chega bem a esgotar uma e está pesquisando outros recursos/efeitos, em busca do incomum, numa fotografia que se distanciou da função documental para adentrar o território da beleza. Insatisfeito, ele busca. Vejam-se suas séries: EX-JACENTES e TRANSGÊNICOS que ora apresenta ao público. Nesse seu ofício de experimentador-fotógrafo, um lucescriptor, tem recuperado imagens, trazendo-as das profundezas da não-memória à tona: seres fantasmáticos como os que emergem do papel na série EX-JACENTES: uma memória visual, fragmentária como toda memória e persistente. Em TRANSGÊNICOS flagra, em configuração plástica admirável, estranhos seres _ frutos de sua manipulação enquanto criador-fotógrafo _ uma especial coleção de seres humanos-quase-in-humanos. Utilizando um mínimo de recursos (suas fotomontagens são feitas artesanalmente, assim como os especiais efeitos que se observam em algumas séries _ Peter de Brito sobreviveria numa floresta!) consegue resultados surpreendentes, o que lhe tem valido admiração tanto dos colegas artistas, como da crítica que o tem acolhido em mostras várias. O aspecto metalingüístico de seu trabalho (citações muitas, diálogo constante com artistas: a fotografia voltada para si mesma) o coloca numa tradição, da mais legítima que os modernismos e a pós-modernidade produziram: a daqueles que fazem do exercício artístico também uma reflexão sobre o fazer, uma reflexão que se centra nos códigos da visualidade. Peter de Brito, em seu constante diálogo com a tradição artística e com a natureza mesma da técnica/arte que escolheu para plasmar imagens, vem a dignificar ainda mais a já consagrada fotografia-arte. Foto-poemas é o que são verdadeiramente os seus trabalhos.

DIAS DE GLORIA

Felipe Paros - São Paulo, agosto de 2008

Com um pouco de sorte (ou azar, depende muito de você) você até poderia esbarrar com Britney Spears ou Madonna por aí. Quem sabe em Londres ou em Los Angeles? Fazendo cooper ou badalando em algum lugar da moda, o destino a lhe colocar diante das novas-velhas deusas mundanas. E se, vendo alguma dessas divindades passando quase ao seu lado, você estivesse com um telefone celular com câmera, com certeza faria tantas fotos delas quanto a situação e a velocidade de seus dedos lhe permitissem...

 

Ao seguir este impulso quase irreprimível de encarnar o paparazzo instantâneo, você estaria, pois, trazendo a este mundo mais uma leva de imagens de segunda geração de superstars desde já destinadas ao circuito frenético de fotos, vídeos e registros de todo tipo, que intermediam para os mortais reles e comuns a inefável divindade das celebridades.

 

Afinal, nem todo mundo vai ter a sorte (?) de esbarrar com Madonna pelos triviais caminhos da experiência ordinária. Mesmo o fã mais psicótico, dedicado integralmente ao projeto de fundir-se misticamente à sua divindade midiática de preferência, provavelmente nunca viverá a sua tão sonhada transcendência de si mesmo no corpo divino da celebridade. Passará a maior parte da sua vida negando a sua existência (a única que lhe é possível), recolhendo restos da luz ofuscante da TV e dos flashes de fotógrafos impertinentes, inventariando indícios...

 

Indícios, índices. Pois para a maior parte de nós, Madonna ou Britney Spears só podem existir como a experiência renovada ad nauseam, mas por natureza incompleta e frustrante, dos índices: fotos, videoclipes, filmes, comerciais, CDs, DVDs, livros e mais outros tantos produtos de toda espécie. 

 

Mas não espere ter a suprema fortuna de cruzar com Darcy Dias, nem adianta dedicar sua alma nessa tarefa: diferente dos índices alheios (mesmo os meus e os seus), DD (mais gloriosa e glamourosa que BB) não tem nenhum objeto dinâmico que se conheça. É, assim, a supercelebridade por excelência, tão divina que pulou a etapa da insuportável vulgaridade da existência factual. Passou a vez de estar nesse mundo em algum lugar, de alguma maneira mesquinha, correndo o risco de exalar odores que não sejam os mais caros perfumes, por exemplo. É aquilo que popstar nenhum poderá ser, a dramática, mas lógica conclusão do grande projeto da sociedade do espetáculo: imagem pura.

 

Dissolvida em seu próprio glamour, DD deixou aos mortais como legado todo tipo de resquício, toda sorte de sinais de sua nunca acontecida existência: compre todos os produtos que levam o seu nome, adquira todas as revisas cujas capas foram estampadas com seu rosto, leia todos os livros que narram sua inacreditável trajetória, mas saiba de antemão que nada disso poderá de fato lhe indicar qualquer Darcy Dias que seja, mas que mesmo assim, você acreditará que sim! 

 

O sonho inconfessável de todo fã-nático é, como já se disse, o de fundir-se com a natureza última de seu objeto de culto, para insensatamente reinventar a sua: é o impossível desejo de mergulhar tão fundo quanto possível (impossível!) no interpretante final de alguém. Recolher compulsivamente todos os índices deixados por uma divindade da mídia terá sempre como objetivo secreto e absurdo a construção de um seu duplo, e, fosse possível recolher de fato todos os índices deixados por Britney Spears, e talvez se pudesse mesmo ter diante de si um duplo da princesinha narcótica e sem calcinha do pop. Quem não gostaria de existir como Madonna, nem que fosse por um momento sequer? Como naquele filme, todos gostariam de ser John Malkovitch. 

 

Mas e ser Darcy Dias? Ah, Darcy Dias... Recolher todos os índices deixados por DD nesta exposição, todos sob a guarda de Peter de Brito, só lhe daria a justa medida da fama, levada em Darcy Dias até as suas últimas conseqüências: o seu resultado é o de um glamouroso e quase insuportável corpo sem órgãos. 

Nunca houve uma mulher como DD, mesmo.

Referências Bibliográficas

SAMPAIO, Flávio (2017). “Portofólio – Peter Paulo Vitor de Brito: Retratos de uma pseudocelebridade.” Revista Piauí. ISSN 19801750. N 7: 53-55

KHOURI, Omar (2015). “ E Pluribus Unum: as poéticas viso-conceituais de Peter de Brito, um artista da contemporaneidade.” Revista: Estúdio, Artista sobre Outras Obras. ISSN 1647-6158, e-1647-7316. Vol. 6 (11): 112-124.

BISPO, Alexandre Araújo (2015). “Vejo que nunca fui Picasso.”Revista O Menelick 2 Ato. ISSN 2317-4706. Edição ZeroXVII: 22-27

COLI, Jorge (2013). texto de apresentação do folheto da exposição “Refresh – Estou ciente e quero continuar”. São Paulo: Galeria Emma Thomas.

Revista Artéria 7 (2004) São Paulo: Nomuque Edições.

Revista Artéria 8 (2003) São Paulo: Nomuque Edições.

 

Revista Artéria 9 (2007) São Paulo: Nomuque Edições.

 

Revista Artéria 10 (2011) São Paulo: Nomuque Edições.

 

Revista Artéria 11 (2016) São Paulo: Nomuque Edições.

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